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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Papa compara homossexualidade a destruição das florestas

Num discurso perante a Cúria Romana, o Papa Bento XVI afirmou que "salvar a humanidade de comportamentos homossexuais e transsexuais é tão importante como salvar as florestas tropicais da destruição". Comparações à parte, é de notar que pela primeira vez a Administração Central reconhece que existe a transsexualidade e que esta é distinta da homossexualidade.
Ratzinger afirma ainda que, tal como as florestas tropicais, o homem, enquanto criatura, merece a protecção. Protecção dos desvios comportamentais, das feridas, acrescenta mais à frente. Aparentemente, para o mesmo, nem todos são criaturas de Deus, ou se o são, merecem tratamento diferente.
Acrescentou dizendo que a homossexualidade não é pecado, mas os actos homossexuais em si são-no. Com certeza para o Papa, enquanto ser assexual e fielmente casto e puro, a concepção de se querer ter uma relação sexual (seja ela de que forma se quiser) é absolutamente irrelevante. É compreensível que não entenda que o sexo pode e deve ser uma forma de partilha do sentimento entre as pessoas.
A ideia de que uma, ou mais pessoas, totalmente mortais, possam ter a capacidade de julgar outras pessoas é grave. O Papa não é Deus. E mesmo se o fosse, a legitimidade para amar uns, e por outro lado, afirmar que outros são uns "destruidores da obra divina" é absolutamente inexistente. Quando o representante máximo de uma igreja, que se auto-elogia por seguir uma escrituras que incitam a amar o próximo como nosso irmão, vem comparar a transsexualidade e a homossexualidade à destruição ecológica, então algo vai mal nos caminhos da comunidade cristã.
De qualquer forma o ponto positivo mantém-se: finalmente o Vaticano apercebeu-se que existem transsexuais e que estes são diferentes dos homossexuais. Talvez ainda não se tenha é apercebido que a maioria das relações dos transsexuais são, na realidade heterossexuais. E mais grave ainda, provavelmente ainda não se apercebeu que já muito pouca gente o leva a sério.

Passagem para um novo ano